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domingo, 17 de novembro de 2013

Shiraz e Bonarda, uma ótima combinação!

Boa tarde, enófilos!

Um supermercado bom é sempre um convite a novos rótulos a preços acessíveis! Callia Alta Shiraz-Bornarda 2012 veio parar na minha taça assim. A boa e velha Shiraz - uma das variedades mais antigas que se conhece - resulta em um vinho elegante e macio, sempre gostei dessa uva! Mas nunca tinha ouvido falar da Bonarda, que ajuda a compor esse varietal.
A casta Bonarda produz uma bebida fresca, suave e simples. É a segunda variedade tinta mais cultivada na Argentina e uma das mais tradicionais no país. Como é abundante, o seu custo tornou-se baixo e hoje é sinônimo de vinhos econômicos. 

Na minha opinião, Callia Alta é um blend muito agradável. Na taça mostra cor rubi profunda e brilhante. No nariz é intenso, com toques frutados. Na boca é robusto, com acidez moderada, taninos suaves e uma textura atraente. É um vinho pouco complexo e quase não se percebe presença de madeira. 

Harmonizado com queijos Brie e Camembert, ficou excelente! Esse vinho também combina com aves e massas leves com molhos simples.

Na Argentina, há quem diga que um vinho produzido com a uva Bonarda é revigorante para a alma, combatendo tristezas e saudades... 


FICHA TÉCNICA

País de Origem: Argentina
Região: San Juan - Valle de Tulúm
Produtor: Bodegas Callia
Uvas: 70% Shiraz / 30% Bonarda
Safra: 2012
Graduação Alcoólica: 13.5%
Garrafa: 750 ml
Preço: 30 - 35 reais

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Vinho branco italiano

Boa noite, winelovers!

Acabei de escutar no noticiário que essa foi a tarde mais quente do ano. Poxa, então vamos de vinho branco?! Hoje quero apresentar para vocês a casta grillo, uma variedade cultivada na Sicilia, bem típica da região. Zabu Grillo 2010 foi um achado!

É um vinho fresco, com aromas florais, ideal para dias quentes. Na boca, tem acidez média. Na taça, é amarelo citrino, com reflexos verdes. Embora não seja tão leve, é muito saboroso!

Na ocasião, o acompanhamento foi pão de alho com patê de ervas finas, além de um queijo brie delicioso. Eu recomendo e quero experimentar outros produtores! =]


FICHA TÉCNICA

País de Origem: Itália
Região: Sicilia
Produtor: Vigneti Zabu
Uva: Grillo
Safra: 2010
Graduação Alcoólica: 12.5%
Garrafa: 750 ml
Preço: 20 - 30 reais

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Malbec francês!

Sou muito suspeita para falar desse vinho... rsrs! Malbec é uma das minhas uvas preferidas! Ao aliar-se ao Merlot, então... nem se fala! Château Tour des Gendres Bengerac 2010 é sensacional, me agradou logo no primeiro gole!

Seu aroma é jovem e frutado. Na boca é levemente seco, mas apresenta taninos aveludados. Na taça é vermelho violeta. Assim como na boca, revela uma complexidade agradável no nariz. É um exemplar encorpado e elegante!

Pode acompanhar carnes, queijos e massas. Nessa noite, harmonizei o Tour des Gendres com calzone de frango com palmito e milho. Ficou perfeito! =]



FICHA TÉCNICA

País de Origem: França
Região: Bergerac
Produtor: Château Tour des Gendres
Uvas: Malbec (50%) e Merlot (50%)
Safra: 2010
Graduação Alcoólica: 13%
Garrafa: 750 ml
Preço: Confraria Vinhos de Bicicleta, Seleção Liberté - jul/2013. Clique AQUI e confira o valor!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Vinho branco argentino... você gosta?

Boa tarde, apreciadores de vinhos!

Gosto bastante dos rótulos da Argentina (olha eu falando de vinhos argentinos outra vez... rsrs!), mas não se ouve falar muito de vinhos brancos da região de Mendoza. Nessa postagem apresento a vocês um excelente exemplar que mudou minha visão a respeito dos branquinhos argentinos! Los Haroldos Torrontés 2012 é ideal para quem procura um vinho simples e gostoso!

Super fácil de beber, foi o primeiro vinho que percebi de fato notas florais no aroma! Na taça, tem cor amarelada. No nariz, o aroma é fresco e frutado; a característica floral é bastante intensa. Na boca é leve e jovem, com acidez moderada. Tomar geladinho (entre 6°C e 8°C) é ainda mais gostoso!

Ideal para harmonizar com aves, todos os tipos de queijo e (para quem gosta) frutos do mar. Na ocasião, tomei como aperitivo. Super aprovei!


FICHA TÉCNICA

País de Origem: Argentina
Região: Mendoza
Produtor: Los Haroldos
Uva: Torrontes
Safra: 2012
Graduação Alcoólica: 12.5%
Garrafa: 750 ml
Preço: 20 - 30 reais

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Latitud 33°

Boa noite, galeris! Tudo bem?

Hoje vou falar um pouco do Latitud 33 Malbec 2011, produzido em Mendoza. No rótulo, diz: na Argentina, exatamente na latitude 33°, existe um lugar único que une solo, clima e a água mais pura que vem da Cordilheira dos Andes, perfeito para elaborar esses vinhos amáveis... "Latitud 33°, onde a terra é diferente." Que fofinho!! Super poético, né?!

E esse vinho faz jus a toda propaganda! Achei bastante elegante, fica lindo na taça, um vermelho-rubi brilhante. No nariz tem aroma intenso e complexidade média, é possível perceber algumas especiarias, mas não saberia dizer quais. Na boca é encorpado, persistente e delicioso. O toque amadeirado do malbec é inconfundível!

Achei esse um vinho muito interessante, combina com carne vermelha e massas. Como bolsista que sou, me atrevi a fazer invencionices na cozinha: arroz de forno com milho, bacon, mussarela e presunto. Pergunta se sobrou comida ou vinho para contar história?! Hahaha!
 

FICHA TÉCNICA
País de Origem: Argentina
Região: Mendoza
Produtor: Bodegas Chandon 
Uva: Malbec
Safra: 2011
Graduação Alcoólica: 14%
Garrafa: 750 ml
Preço: 20 - 25 reais

sábado, 19 de outubro de 2013

Reserva, Reservado ou Gran Reserva?

Boa noite, gente! Tudo certo? =]

Semana passada estive pensando sobre o que significa um vinho ser do tipo "reserva". Consequentemente, a dúvida perpetuou para os tipos "reservado" e "gran reserva", também. Fiz aquela pesquisinha bááásica e vou descrever bem resumidamente a diferença de cada tipo:

  • Reserva: são os vinhos que envelheceram pelo menos 12 meses em barril de carvalho e, depois, por (no mínimo) 3 anos em garrafa antes de ir para o mercado. Exemplo:
 


  • Reservado: termo muito usado pelos produtores do Chile, são os vinhos mais simples. Esses são vinhos mais descontraídos, já que não tem passagem por madeira e por isso não apresentam complexidade. Exemplo:


  • Gran Reserva: para receber esse título, o vinho precisa estagiar ao menos 18 meses em carvalho e, depois disso, mas 36 meses na garrafa, antes de ser distribuído. Sempre vai ter, no mínimo, 5 anos. Exemplo:


Para aqueles que, assim como eu, ainda não sabiam dessas diferenças, espero ter ajudado! E para quem quiser colaborar com mais conhecimentos bacanas, fique a vontade para escrever nos comentários! Até a próxima!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Me apaixonando pelo rosé!

Olá, pessoas lindas!

Viver é acumular experiências, certo? E, se forem experiências novas, que sejam agradáveis. Foi o que aconteceu quando finalmente me rendi ao charme da garrafa/cantil do Calamares Rosé. Sempre via nas gôndolas do supermercado, mas somente dessa vez tive coragem de levar para casa. O motivo? Achava que eu não ia gostar de provar o vinho rosé. Puro preconceito, poxa! Vinho rosé é uma delicinha para dias quentes! E esse tem um preço que é mega atrativo!

Mais um vinho português! Ok, é demi-sec. Mas, até aí, tudo bem para um vinho refrescante. Calamares Rosé é jovem e frutado, macio e adequadamente ácido. Na taça é límpido e apresenta um rosa avermelhado brilhante. Os aromas lembram frutas vermelhas, principalmente o morango. Na boca é frizante, equilibrado e muuuuito macio! =]

Sirva geladinho, entre 6°e 8°. Pode harmonizar com pizzas, ora pois! E foi o que eu fiz: acompanhei com uma bela pizza de catupiry, milho, bacon e batata palha. Thumbs up para esse vinho, gente!

 
FICHA TÉCNICA
País de Origem: Portugal
Região: Vinho Verde
Produtor: Caves Dom Teodósio
Uvas: Braga/ Jaen/ Castel
Safra: ?
Graduação Alcoólica: 11%
Garrafa: 750 ml
Preço: 20 - 25 reais

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Desbravando novas uvas portuguesas!

Boa noite, queridos!

Hoje é dia de apresentar um excelente custo-benefício, vindo diretamente de Portugal, Terras de Cartaxo 2009. Estava eu, caminhando por um supermercado, quando a moça me oferece uma tacinha para degustar esse vinho. Aceitei, claro! Esse rótulo possui uvas diferentes das que eu costumo tomar: Trincadeira, Castelão e Tinta Roriz.Você já conhecia essas castas? Eu não...

A região de Cartaxo é conhecida por produzir vinhos já mais de 2000 anos. Esse vinho é fruto de muita experiência e apresenta um sabor bem marcante. Embora pareça um pouco forte no começo, tem um final agradável. Harmoniza com carnes vermelhas, queijos curados e pratos condimentados. Acompanha também aperitivos e canapés. Foi uma aquisição que valeu muito a pena! Eu recomendo!



FICHA TÉCNICA

País de Origem: Portugal
Região: Ribatejo
Produtor: Adega do Cartaxo
Uvas: Trincadeira (40%), Castelão (40%) e Tinta Roriz (20%).
Safra: 2009
Graduação Alcoólica: 13.5 %
Garrafa: 750 ml
Preço: 20-25 reais

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Vinho Verde!

Gente, eu sempre tive vontade de provar o tal do vinho verde... e finalmente adquiri uma garrafa e experimentei essa maravilha! O rótulo da vez foi o Via Latina Branco 2012. Tem aroma suave e é bem frutado, delicioso como aperitivo para refrescar uma noite quente! Tem bolhinhas... Kkkk!

Desculpem a ignorância... mas antes de pesquisar para essa postagem, eu não sabia exatamente o que era um vinho verde. Vou compartilhar com vocês um pouco do que li a respeito: o vinho verde é aquele produzido exclusivamente na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, em Portugal.  

Não possui teor alcoólico elevado, sendo fácil de beber. Para os vinhos brancos, as principais castas são o Loureiro, o Alvarinho, o Arinto e a Trajadura. Deve ser consumido ainda jovem. Depois do vinho do Porto, o vinho verde é o vinho português mais exportado. Tem até um SITE próprio para esse tipo de vinho!

No blog do Paulo Bocca vi uma descrição interessante: "Eles não são feitos de uvas não amadurecidas, e nem são da cor verde. Tem este nome porque são feitos unicamente numa região de natureza verdejante ao noroeste de Portugal."

O vinho verde Via Latina tem um aroma intenso e acidez na medida certa. Na taça, tem cor amarelo-palha, com reflexos verdes. No nariz, tem toques florais moderados. Na boca é jovem e saboroso, pouco complexo e muito refrescante! Acompanha pestiscos - e frutos do mar, para quem gosta. Estou ansiosa para provar mais vinhos verdes!



FICHA TÉCNICA

País de Origem: Portugal
Região: Região dos Vinhos Verdes
Produtor: Veercope
Safra: 2012
Graduação Alcoólica: 11%
Garrafa: 750 ml
Preço: 15 - 20 reais

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Cariocas e a cultura do vinho: que tal uma degustação?

por Júlia Ourique Medici


O Vinho vem conquistando cada vez mais brasileiros. A bebida da celebração encontrou no país tropical um lugar a mais para reinar na harmonização. A prova disso é a pesquisa realizada pelo Instituto de Assessoria Mercadológica & Mercadométrica (IAM&M) que revela que o consumo dobrou de volume, passando de 81 milhões de litros para 176 milhões, isso em um período de 10 anos (2002 a 2012). O levantamento relaciona ainda que o Sudeste é a região que mais consome e representa cerca de 60% do consumo brasileiro.

Pensando nos cariocas que desejam conhecer mais da harmonização do vinho, inclusive em estações quentes, o restaurante A Propósito Food Service oferecerá uma Degustação e Harmonização de Vinhos, no dia 24 de outubro, às 20h. O cardápio inspirador une elementos da cozinha italiana, francesa e inglesa, conheça:

  1. Sanduíche de pastrami, queijo gruyère, pasta de gorgonzola com nozes no pão australiano harmonizado com Alamos Malbec;
  2.  Foccacia de calabresa com ervas harmonizado com Carmem Cabernet Sauvignon;
  3. Bruschetta de parma, mussarela de búfala e rúcula harmonizado com Carmem Rosé;
  4. Cupcake de limão harmonizado com Gran Feudo Rosado.

“A cozinha européia é voltada para a harmonização com vinho. O cardápio foi pensado na experiência de conhecer cada um destes países, o carioca verá que a França, a Itália e a Inglaterra estão a apenas um garfo, e uma taça de distância” – comenta o chef do restaurante, Fábio Almeida. Sem dúvida, é um ótimo programa para quem deseja relaxar após uma semana pesada de trabalho e ainda, aprofundar os conhecimentos sobre o encantador mundo do vinho.

Serviço:

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Finalmente... zinfandel!

Boa noite, queridos! Tudo bem?

Já era hora de experimentar a tal da zinfandel, certo?! O rótulo escolhido foi Delicato Zinfandel 2010, encontrado em um supermercado - foi a primeira vez que vi um zinfandel nas prateleiras! Se você bem se lembra, andei falando dessa casta postagens atrás: Desvendando a Uva Zinfandel.

Beber esse vinho foi uma experiência deliciosa, sem dúvida alguma! O sabor da zinfandel é agradável, com sua característica frutada por ainda ser jovem, mas bem equilibrado.

Na taça tem cor rubi brilhante. No nariz apresenta aroma de amora, com notas de chocolate (como não gostar?!?!). Para quem aprecia vinhos complexos, esse exemplar é intenso e persistente, sem pesar na acidez. Faz ótima companhia para carnes vermelhas grelhadas, aves com legumes e queijos de média maturação. Como uma boa bolsista, me virei no almoço de domingo e caprichei num frango à parmegiana com milho amanteigado e arroz branco. Se harmonizou? Totalmente! Só faltou mais uma garrafa dessa para ser perfeito! ;)



FICHA TÉCNICA

País de Origem: Estados Unidos
Região: Califórnia
Produtor: Delicato Family Vineyards
Uva: Zinfandel
Safra: 2010
Graduação Alcoólica: 13.5%
Garrafa: 750 ml
Preço:45 - 50 reais

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Um Bordeaux marcante!

Boa noite, amantes de vinho!

Semana passada tive o prazer de apreciar um Gran Vin de Bordeaux delicioso! Chateau Denisiane Bordeaux 2009 é elaborado com Merlot, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon (o chamado "red blend"). Esse vinho surpreende pelo equilíbrio e leveza, de longe um dos melhores que já tomei até hoje! Muito bem estruturado e

 Os vinhos da região de Bordeaux fazem sucesso devido ao excelente ambiente de desenvolvimento dos vinhedos. Embora o solo da região seja rico em cálcio (por causa das pedras calcárias), o clima de litoral garante umidade à atmosfera, propiciando excelentes terroirs.

No nariz parece bem frutado, lembrando amora. Na boca, é harmonioso e persistente, com taninos delicados e textura macia. Harmoniza muito bem com carnes vermelhas!


FICHA TÉCNICA

País de Origem: França
Região: Bordeaux
Produtor: Château Denisiane
Uvas: 80% Merlot, 15% Cabernet Franc e 5% Cabernet Sauvignon
Safra: 2009
Graduação Alcoólica: 13%
Garrafa: 750 ml
Preço: Confraria Vinhos de Bicicleta, Seleção Liberté - set/2013. Clique AQUI e confira o valor!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O consumo de vinho no Brasil

Quanto vinho o brasileiro consome ao ano? Você sabe? Eu também não fazia ideia...

Em Janeiro desse ano (2013) foi iniciada uma campanha que visa aumentar o consumo de vinho no Brasil, ampliando o consumo per capita de 1.9 litro para 2.5 litros ao ano, até o final de 2016. Mas quais serão os números reais que nos levam a acreditar que o consumo de vinho no Brasil é baixo, se comparado com outros países? Vamos lá!

Na minha opinião, não é um problema de produção: de acordo com a Uvibra (União Brasileira de Viniticultura) a produção de uvas e elaboração de vinhos no Brasil passou de aproximadamente 232 milhões litros (em 2003) para 428 milhões de litros (em 2012). Mas e o consumo? Dados da Uvibra mostram que, no Brasil, o consumo individual de vinho por ano foi de 1.7 litros, em média, durante o período de 1998 a 2007

E os outros países? Nesse mesmo período, o consumo per capital foi, em média:
  • França: 56 litros/ano
  • Itália: 50 litros/ano
  • Portugal: 47 litros/ano
  • Espanha: 33 litros/ano
  • Argentina: 31 litros/ano

Ah, só um detalhe: aqui, não estou considerando o Vaticano que, só em 2010, consumiu 55 litros de vinho poooor cabeça! (De acordo com o Wine Institute

Em questão de consumo, o Brasil mal entra no ranking... =(
Mas ainda há esperança! Passeando por um supermercado Pão de Açúcar, me deparei com recados para alavancar a campanha, como esse por exemplo:


Não é fofinho? E existe uma campanha chamada "No verão, vá de vinho branco", pois o Brasil é um país tropical e não é à toa que a cerveja faz tanto sucesso! Porém, há outro fator em jogo: o valor do vinho. A meta de aumentar o consumo de vinho foi calculada com base no potencial de mercado, que é de 30 milhões de pessoas com condições de comprar uma garrafa por semana, e no preço médio gasto pelo brasileiro com vinho, que é R$ 25. Ainda assim, acho que um incentivo a mais é necessário, já que pagamos absurdos por vinhos importados (93.3% do que você paga em um vinho importado É IMPOSTO)! 

Por enquanto,  vamos aguardar os resultados dos investimentos. E colaborar para que esses números aumentem!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Viagens que rendem boas garrafas!

Boa noite, amantes do vinho!

Sei que vida de bolsista não é fácil, ainda mais quando se trata de ter grana para comprar vinhos... mas uma parte boa de fazer doutorado é que, vez ou outra, preciso viajar a trabalho! E dessa vez o destino foi a cidade de Granada, na Espanha! Essa foi a chance de trazer algum vinho com boa razão custo-benefício e apresento a vocês, nessa postagem, um rótulo que aprecio bastante! El Coto de Rioja Crianza 2009 é feito 100% com uva Tempranillo e possui a Denominação de Origem Calificada.

*Pausa para explicar o que significa a denominação Crianza: corresponde ao vinho que tenha estagiado ao menos 12 meses em barril de carvalho.*

El Coto permaneceu no mínimo 12 meses em barril de carvalho americano e mais 6 meses em garrafa, antes de sair da adega. Isso resulta em uma bebida encorpada e um sabor marcante. Na taça apresenta uma cor intensa de cereja. No nariz, mantém aroma frutado. Na boca é macio, porém persistente. Mas o melhor de adquirir esse vinho foi harmonizá-lo com uma boa pizza brasileira! Na ocasião, escolhemos uma que leva mussarela, frango, calabresa e milho! Deliciosidade pura! ;)


FICHA TÉCNICA

País de Origem: Espanha
Região: Rioja
Produtor: El Coto
Uva: Tempranillo
Safra: 2009
Graduação Alcoólica: 13%
Garrafa: 750 ml
Preço: 6.10 euros (aprox. 20 reais, no período)

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

DOC, DOCG, AOC... oi?

É sempre difícil lidar com todos os termos que o vinho envolve. Estava eu aqui, escrevendo sobre um vinho francês, quando me deparei com letrinhas que acompanham alguns rótulos: "A.O.C.". Mas... o que quer dizer isso, afinal?

Decidi, então, explicar nesse post um pouco sobre o que eu aprendi a cerca dessas siglas, que descrevem a denominação de origem do vinho!

A denominação de origem é a designação atribuída em vários países aos vinhos produzidos numa determinada região, cuja qualidade ou caraterísticas se devem essencialmente aos fatores naturais e humanos do meio geográfico. O vinho é o produto que, atualmente, detém os principais sistemas de denominação de origem; todo o processo de produção é sujeito a um controle rigoroso em todas as suas fases, desde a vinha até ao consumidor final.


Appellation: Define a área em que os tipos de uvas foram cultivados. Cada país mantém uma regulação para que uma vinícola possa utilizar uma Appellation. Em geral, essa regulação determina o percentual de uvas nativas que devem ser utilizadas para que possa ser considerada Appellation. Também se usa a expressão Denomination de Origen ou semelhantes.  

- A.O.C. (Appellation d’Origine Contrôlée)


Criada na década de 30 na França, esse sistema de denominação é o modelo que inspirou outros países produtores. No caso da A.O.C. (ou D.O.C., na Itália e Espanha por exemplo), as regras são mais rígidas e passam pela descrição do Terroir, características do plantio, nível de álcool, métodos de vinificação, entre outros. Os vinhos certificados como A.O.C. são produzidos em terroirs delimitados, são sempre muito conceituados e satisfazem a normas de produção muito estritas, definidas por decreto.

- D.O.C.G. (Denominazione d’Origine Controllata Garantita)


Foi criado em 1963 e sofreu uma revisão geral em 1992 para se tornar equivalente à lei da União Europeia. O objetivo dessa classificação, incluída no sistema de denominações da Itália, é ser ainda mais rigoroso no controle de qualidade e garantir a excelência do vinho. Além de todas as regras, os vinho precisam ser degustados e aprovados por um comitê para receber esse "selo".


Bem, é isso! Ajudou um pouquinho? Espero que sim! E, aos poucos, vamos aprendendo cada vez mais!

Boa noite e bons vinhos a todos! ;*

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Um Merlot no capricho!

Boa noite bolsistas e/ou amantes de vinho!

Sempre é bom ganhar uma garrafa de vinho, certo? Pelo menos, para mim, é alegria garantida! Fui presenteada com um Merlot argentino e eu gostaria de falar um pouco sobre esse rótulo para vocês!

Trapiche Merlot 2011 é produzido na famosa região de Mendoza, Argentina. É um varietal rico em detalhes, delicioso do primeiro ao último gole. Na taça, é de um vermelho profundo. No nariz, traz aromas notáveis e surpreendentes! Na boca, possui corpo médio e boa estrutura, com paladar de amora e um toque sutil de pimenta.

Não sei se é todo mundo que gosta mas, durante o almoço, já provei esse vinho logo na entrada: salada de verão com molho italiano e batata palha! Na minha opinião, esse vinho combina com qualquer prato! Super indico! =)

(Dica: quando se trata de uma uva tão marcante quando essa, evite temperar a salada com vinagre, pois sua acidez não permite que você deguste o vinho adequadamente.)



País de Origem: Argentina
Região: Mendoza
Produtor: Trapiche
Uva: Merlot
Safra: 2011
Graduação Alcoólica: 13.5%
Garrafa: 750 ml
Faixa de preço: 25 - 30 reais

domingo, 25 de agosto de 2013

Um italiano refrescante!

Olá, pessoal!

Depois de uma onda de frio, voltou a fazer calor! E nada melhor do que vinho branco para aproveitar uma noite quente! O rótulo escolhido foi o Italiano Branco Frascati Club des Sommeliers.

Mas antes de descrever o vinho em si, gostaria de abrir um parêntese para falar da linha Club des Sommeliers, que é uma exclusividade do Grupo Pão de Açucar. Tem uma grande variedade de rótulos do mundo inteiro, pensados em iniciantes e amantes do vinho! Essa linha apresenta um ótimo custo-benefício. Vale a pena para nós, bolsistas! ;)

Voltando ao Frascati, é um vinho branco delicioso, que traz na refrescância das uvas Trebbiano e Malvasia a tradição dos vinhos da região de Roma. Na taça, possui coloração amarelo-palha. Na boca, apresenta aromas de frutas tropicais. Abaixo, uma foto da minha lagosta de estimação, meu querido Almeida, que fez questão de degustar esse vinho também!


Esse blend harmoniza com carnes brancas e queijos pouco ácidos. Pode ser tomado como aperitivo e fica ainda mais saboroso se for servido entre 10 e 12°, ou seja, gelado. Na ocasião, decidimos acompanhar esse vinho com filé de frango à parmegiana. Aprovadíssimo, claro!

País de Origem: Italia
Região: Lazio
Produtor: Cantine San Marco
Uvas: Trebbiano Toscano e Malvasia Candia
Safra: 2011
Graduação Alcoólica: 12%
Garrafa: 750 ml
Faixa de preço: 20 - 25 reais

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Depois de tanto tempo, um Faroni Lopez!

Gente... Faroni Lopez é o meu limite inferior para vinhos "em conta". Abaixo dele, fica bem difícil encontrar algum rótulo minimamente apreciável. Não paguei nem 10 reais nessa garrafa de Faroni Lopez Bordô Seco; a minha maior curiosidade foi saber o porquê do nome "Bordô" no rótulo. Não criem expectativas, no fim das contas não descobri o motivo! Não havia indicações dos tipos de uvas utilizados na produção da bebida.

Faroni Lopez é uma vinícola da Serra Gaúcha e, para mim, foi uma boa introdução ao mundo dos vinhos, pois há 10 anos eu ainda não gostava de vinho seco e nem bolsista eu era! Imaginem só!
Para não fugir das minhas raízes, escolhi essa garrafa.

A ocasião foi uma noite fresca e um filé de frango ao molho de manteiga com manjericão. Na taça, esse Bordô tem corpo médio e cor violácea. No nariz é frutado, mas longe de ser enjoativo. Na boca, me surpreendeu com persistência moderada e fundo amadeirado.

Recomendo para quem está começando!



País de Origem: Brasil
Região: Flores de Cunha - Rio Grande do Sul
Produtor: Fante
Uva: ?
Safra: 2011
Graduação alcoólica: 10.6%
Garrafa: 750 ml
Faixa de preço: 10 reais

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Desvendando a uva zinfandel

Pois bem. No último fim de semana estávamos caminhando por um shopping no Rio de Janeiro quando nos deparamos com uma loja linda, cheia de vinhos! Tive que entrar, sabem como é! E, como toda boa loja de bebidas, a Lidador tinha rótulos de todo o mundo, eram diversas as opções! Meu namorado perguntou ao dono da loja sobre os vinhos da uva zinfandel, produzida especialmente na Califórnia. Me senti deslocada quando ele falou o nome de uma uva que eu nem conhecia... rsrs! O dono então nos mostrou com orgulho uma bela garrafa, e falou delicadamente sobre essa casta. A vontade de experimentar o vinho só aumentou mas, como vocês sabem, eu sou bolsista e não posso pagar mais de 100 reais em um só rótulo. Por enquanto! Quem sabe um dia?! =]

Saí da loja decidida a conhecer mais sobre essa uva, antes de experimentá-la! E decidi compartilhar com vocês um pouco sobre o que aprendi a respeito dela.

A uva zinfandel é uma variedade conhecida na Europa como primitivo e, quando foi levada para os Estados Unidos (por imigrantes italianos no século XIX), seu cultivo tournou-se popular na Califórnia. Atualmente mais de 10% das vinhas na Califórnia produzem zinfandel. 

 

Essa casta produz tipicamente um vinho tinto seco robusto, mas o paladar depende diretamente da maturação das uvas e do seu terroir : áreas mais frias resultam em vinhos com sabores voltados para "berries" vermelhas, como framboesa, enquanto áreas mais quentes produzem vinhos com notas de amora, anis e pimenta. 

Vinhos mais jovens são mais frutados, enquanto vinhos mais maduros apresentam notas predominantes de baunilha e tabaco. São tintos equilibrados, com boa persistência.

Em geral, harmonizam com steaks, massas condimentadas, filé mignon, lombo, pernil e aves. Também combina com queijos amarelos.

É isso, gente! Espero ter resumido bem as características dessa uva que tanto me chamou a atenção! Próximo passo: encontrar um vinho produzido com zinfandel, mas que caiba no orçamento de um bolsista! Se alguém tiver uma dica, será super bem-vinda! E se eu encontrar, conto para vocês, ok?

Bons vinhos a todos!




quinta-feira, 25 de julho de 2013

Falando em Carmenère...

A seleção de hoje é  um Carmenère chileno que me agrada pela sua simplicidade. Valle Central Misiones de Rengo Carmenère 2011 tem corpo médio e é pouco ácido. Na taça, apresenta cor rubi intensa, puxando um pouco para o violeta. Na boca é persistente, marcado pelo equilíbrio entre fruta e madeira.

A uva Carmenère combina com queijos semiduros, todos os tipos de massas e pratos condimentados, como comentei na postagem anterior. Nessa ocasião preferi acompanhar a bebida com o queijo emmenthal. Para quem não conhece, o queijo emmenthal é claro, cheio de furinhos, macio, um pouco adocicado e possui fundo levemente picante. Para mim, ficou ótimo! Eu recomendo!


País de Origem: Chile
Região: Vale do Rapel, Chile Central
Produtor: Misiones de Rengo
Uvas: 97% Carmenère / 3% Cabernet Sauvignon
Safra: 2011
Graduação alcoólica: 13.5%
Garrafa: 750 ml
Faixa de preço: 25 - 35 reais

terça-feira, 23 de julho de 2013

A uva Carmenère

Dias atrás, no interior do estado, caminhava eu descontraída pela rodoviária. Eis que, por acaso, encontrei um amigo que também esperava seu horário para viajar. Por conhecer meu gosto pelos vinhos, ele me contou que carregava em sua bagagem um Carmenère (San Pedro Gato Negro). Falamos então, muito rapidamente, sobre essa uva e sobre a relevância do seu sabor, tanto nos varietais quando nos blends. Mesmo depois disso, continuei pensando nessa uva deliciosa! Afinal de contas: por que apreciamos tanto a Carmenère?

Exemplo de um rótulo de vinho produzido com a uva Carmenère

Do pouco que sei, essa uva apresenta baixa acidez, o que favorece sua degustação, e possui uma leve doçura natural - que não afasta sua característica de vinho seco. Essa combinação de fatores pode  conceder ao vinho o equilíbrio agradável que tanto procuramos. Quando jovem, os vinhos da Carmenère apresentam aromas de cereja e café, além de notas de tabaco e chocolate.

Um bom vinho feito com essa uva é aquele que teve um período de espera de aproximadamente 3 anos, tempo suficiente para diminuir sua acidez. Essa espera também ajuda a reduzir a agressividade dos taninos: o vinho se torna mais sedoso e macio na boca. Embora seja originária da França, região de Bordeaux, atualmente a uva Carmenère é também produzida na Califórnia, no Chile e na Argentina. O Chile é o país que produz os melhores exemplares de vinhos feitos com Carmenère!

Um cacho de uvas tipo Carmenère

Esses vinhos são ideais para massas. Quem não gosta de harmonizar vinho com massa? É perfeito! E tem mais vantagens: vai comer uma feijoada? Vai provar um prato condimentado? Vai explorar uma comida exótica? A uva Carmenère se mostra bastante apropriada! Também acompanha carnes vermelhas, assados e pratos que levam creme. E queijos, ah queijos! Experimente com os semiduros gruyére, estepe, edam, emmenthal, gouda... a lista é variada! Com um Carmenère chileno, é difícil errar!

Mas bem, como nem tudo são flores, vamos ter em mente que pratos leves pedem vinhos leves. Portanto, eu evitaria harmonizar a Carmenère com uma salada, por exemplo. Embora esse tipo de vinho seja frutado e jovem, ele é complexo o suficiente para acompanhar comidinhas mais elaboradas, como as acima citadas.

E aí, você também ficou com aquela vontade de abrir um Carmenère agora?! Nesse friozinho seria ótimo!

Bons vinhos a todos!



domingo, 21 de julho de 2013

Uma homenagem!

Um vinho casual, porém especial: Finca Las Mercedes Cabernet Sauvignon 2012 foi um rótulo que escolhi especialmente para comemorar o 36º aniversário de casamento de meus pais. Mercedes é o nome da minha mãe, por isso a homenagem!

O vinho é jovem e despretensioso, ideal para o dia a dia. Na boca, é curto. Na taça, é vermelho opaco.

É um Cabernet Sauvignon leve, ótimo custo-benefício e bastante saboroso! Só teve um ponto negativo... achei esse vinho um pouco ácido. Não sei se era meu paladar, não sei se é por ser um vinho jovem demais, não sei se estou viajando. Rsrsrs! Ainda assim, eu não indicaria como aperitivo.

Mas com o prato principal da ocasião - tiras de frango ao molho curry e batatas assadas com ervas - rendeu um excelente almoço em família!
 
País de Origem: Argentina
Região: Mendoza
Produtor: Viñas de Altura
Uva: Cabernet Sauvignon
Safra: 2012
Teor alcoólico: 13%
Garrafa: 750 ml
Faixa de preço: 20 - 25 reais

terça-feira, 16 de julho de 2013

Vinho grego!

Um vinho da Grécia?! Pois é, explorando novas origens! Tsantali Nemea Réserve 2008 é um varietal que traz a uva agiorgítiko. Já ouviu falar? Nem eu... rsrsrs! Sinceramente, foi a primeira vez que vi e experimentei esse tipo! Sei que uma indicação de vinho grego é coisa rara, mas esse rótulo me surpreendeu positivamente! Nemea é encorpado e ligeiramente ácido. Na boca, apresenta persistência moderada e fundo de carvalho. Na taça, tem coloração vermelha intensa.

Esse vinho harmoniza com todos os tipos de massa (em especial, as com molho branco), carnes vermelhas tipo steak e queijos maduros. Mas, no dia em que abri essa garrafa, estava com MUITA vontade de comer patê de frango! Então, fiz mini-sanduíches com pão de forma e acompanhei com salame. Sem frescura, né gente! Resultado? Ficou uma delícia!



País de Origem: Grécia
Região: Agios Pavlos
Produtor: Evangelos Tsantalis
Uva: Agiorgítiko
Safra: 2008
Teor alcoólico: 13.5%
Garrafa: 750 ml
Faixa de preço: 30 - 35 reais

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Um Chardonnay argentino!

Hoje gostaria de falar sobre um vinho branco delicioso: Altos Del Plata Chardonnay 2011!

A uva Chardonnay é bastante conhecida pelos apreciadores de vinho branco. É originária da França, mas é difícil errar ao levar para casa um Chardonnay argentino. Particularmente, acho o vinho branco bastante prático: combina com pratos pouco elaborados, acompanha massas com molho leve, harmoniza com queijos macios ou pode ser simplesmente para aperitivo! Não é ótimo?!

Altos Del Plata é um varietal fresco. Seu paladar é agradável e equilibrado: nem tão leve, nem tão encorpado. É um vinho frutado, de persistência curta. Na taça apresenta cor amarela bem clara.

Essa garrafa foi selecionada pelo meu namorado, para uma noite de comemoração! Nas palavras do Lu: "Tive muita sorte em escolher este excelente vinho branco! A qualidade da uva associada ao seu local de produção fazem dele um vinho único e especial. Na boca, é suave e marcante; na mesa, é harmonioso e romântico. Um dos meus preferidos!"

Optamos por acompanhar esse vinho com queijos que gostamos muito: gouda e brie. Eu recomendo! Também combina com massas que levam queijo, patês e pizzas leves.

 Informações

País de Origem: Argentina
Região: Mendoza
Produtor: Terrazas de Los Andes
Uva: Chardonnay
Safra: 2011
Teor alcoólico: 13.5%
Garrafa: 750 ml
Faixa de preço: 30 - 40 reais

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Varietal vs. Blend

Vou ser sincera com vocês... até a semana passada eu não sabia o significado do termo "varietal", que sempre vejo nos rótulos mas não sabia o que queria dizer. Shame on me. Então, lá vou eu pesquisar um pouco:

Quando estamos falando de vinho, varietal é aquela bebida elaborada com apenas um tipo de uva (um vinho 100% feito com Pinot Noir, por exemplo), ou praticamente só um tipo. Pode ser considerado varietal o vinho que contém mais de 85% de uma uva principal. Um sinônimo de varietal é monocasta, ou seja, o vinho feito apenas de uma variedade de uva.
Exemplo de varietal.
Já o blend, ou dito "de corte" (veja post anterior: Albae Esencia) é o vinho elaborado a partir de tipos diferentes de uvas (60% Tempranillo e 40% Cabernet Sauvignon, por exemplo).  A palavra "assemblage" também é utilizada para descrever esses vinhos.
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Exemplo de blend.
Andei pensando se isso afetaria a qualidade da bebida. Mas no caso do blend, o produtor escolhe as proporções de cada uva tendo como base o resultado que se pretende obter, contrabalanceando os pontos fortes e fracos das uvas e procurando a harmonia na mescla. Elaborar um bom blend acaba sendo uma arte! Humilde opinião, claro. Portanto, acredito que o varietal tem suas qualidades notáveis e o blend tem suas características especiais, ambos podendo ter excelente qualidade.

Como também é uma questão de gosto, confesso que prefiro os blends de vinhos tintos. Não me recordo de provar uma mescla marcante de vinho branco... Alguém tem uma boa dica?

Bons vinhos a todos!





quarta-feira, 3 de julho de 2013

Primeira seleção: Albae Esencia


Eis o primeiro vinho que apresento a vocês: Albae Esencia Tempranillo/Cabernet Sauvignon 2009!

Hoje aprecio bastante a uva Tempranillo, mas meu primeiro contato com ela foi há cerca de dois anos. A Tempranillo resulta em um vinho encorpado e complexo, que conquistou meu paladar logo na primeira taça! Para as pessoas pouco acostumadas ao vinho seco, essa uva pode não agradar no início. Uma boa forma de prová-la é começando por uma mistura com alguma outra uva mais familiar. 

Esencia é um blend das uvas Tempranillo (60%) e Cabernet Sauvignon (40%), muito bem elaborado e ao mesmo tempo fácil de beber! É um vinho moderno e jovem. No nariz, é frutado e apresenta um final com toque de baunilha. Na taça tem uma coloração vermelha rubi, bastante intensa.

Optei por harmonizar esse vinho com um queijo macio, no caso o brie.
Resultado? Aprovadíssimo!


Informações

País de Origem: Espanha
Região: La Mancha
Produtor: Hacienda Albae
Uvas: Tempranillo 60% / Cabernet Sauvignon 40%
Safra: 2009
Teor alcoólico: 12.5%
Garrafa: 750 ml
Faixa de preço: 30 - 35 reais

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Sejam bem-vindos ao Vinhos para Bolsistas!


A iniciativa de escrever sobre vinhos é audaciosa, pois pouco entendo da bebida e não saberia descrevê-la tecnicamente como um sommelier... talvez esse seja o diferencial das próximas postagens: utilizar uma linguagem que me aproxima de leitores - assim como eu - leigos em enologia, mas permitindo que eu indique vinhos com boa relação custo-benefício, sem grandes frescuras e sem preços abusivos!

Gosto muito de vinhos e, como citei acima, não sou nenhuma especialista. Mais do que isso, o momento atual do meu percurso profissional (sou bolsista de doutorado em Astrofísica, no IAG/USP) pouco me permite adquirir vinhos por valores absurdos. O que não significa que eu não posso apreciar uma boa bebida! Basta procurar com atenção e explorar as prateleiras dos supermercados. 

Tentarei descrever minha impressão ao degustar alguns vinhos, destacando suas principais características, a faixa de preço e algumas dicas de harmonização. Também gostaria de compartilhar o que eu for aprendendo, como termos próprios e dicas úteis. Não darei notas, pois este é um processo muito subjetivo, e a avaliação fica a critério de cada apreciador! Como um dia ouvi por aí e sempre repito: "O melhor vinho é aquele que você está bebendo!"

Não deixe de comentar! Contribuições serão sempre acolhidas com satisfação!

Atenciosamente,
Diana Gama