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terça-feira, 23 de julho de 2013

A uva Carmenère

Dias atrás, no interior do estado, caminhava eu descontraída pela rodoviária. Eis que, por acaso, encontrei um amigo que também esperava seu horário para viajar. Por conhecer meu gosto pelos vinhos, ele me contou que carregava em sua bagagem um Carmenère (San Pedro Gato Negro). Falamos então, muito rapidamente, sobre essa uva e sobre a relevância do seu sabor, tanto nos varietais quando nos blends. Mesmo depois disso, continuei pensando nessa uva deliciosa! Afinal de contas: por que apreciamos tanto a Carmenère?

Exemplo de um rótulo de vinho produzido com a uva Carmenère

Do pouco que sei, essa uva apresenta baixa acidez, o que favorece sua degustação, e possui uma leve doçura natural - que não afasta sua característica de vinho seco. Essa combinação de fatores pode  conceder ao vinho o equilíbrio agradável que tanto procuramos. Quando jovem, os vinhos da Carmenère apresentam aromas de cereja e café, além de notas de tabaco e chocolate.

Um bom vinho feito com essa uva é aquele que teve um período de espera de aproximadamente 3 anos, tempo suficiente para diminuir sua acidez. Essa espera também ajuda a reduzir a agressividade dos taninos: o vinho se torna mais sedoso e macio na boca. Embora seja originária da França, região de Bordeaux, atualmente a uva Carmenère é também produzida na Califórnia, no Chile e na Argentina. O Chile é o país que produz os melhores exemplares de vinhos feitos com Carmenère!

Um cacho de uvas tipo Carmenère

Esses vinhos são ideais para massas. Quem não gosta de harmonizar vinho com massa? É perfeito! E tem mais vantagens: vai comer uma feijoada? Vai provar um prato condimentado? Vai explorar uma comida exótica? A uva Carmenère se mostra bastante apropriada! Também acompanha carnes vermelhas, assados e pratos que levam creme. E queijos, ah queijos! Experimente com os semiduros gruyére, estepe, edam, emmenthal, gouda... a lista é variada! Com um Carmenère chileno, é difícil errar!

Mas bem, como nem tudo são flores, vamos ter em mente que pratos leves pedem vinhos leves. Portanto, eu evitaria harmonizar a Carmenère com uma salada, por exemplo. Embora esse tipo de vinho seja frutado e jovem, ele é complexo o suficiente para acompanhar comidinhas mais elaboradas, como as acima citadas.

E aí, você também ficou com aquela vontade de abrir um Carmenère agora?! Nesse friozinho seria ótimo!

Bons vinhos a todos!



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